O acusado de matar a companheira asfixiada, em Guaramirim, no Norte de Santa Catarina, foi condenado a 23 anos, 9 meses e 8 dias de prisão. O crime aconteceu em 2023.
A vítima, Dolcineia Maria dos Santos Araújo, tinha 45 anos. Neia, como era conhecida, foi morta pelo companheiro em 26 de agosto de 2023.
No primeiro depoimento às autoridades, o homem contou que a morte teria sido causada por um soco no pescoço, motivado por uma discussão.
Neia foi morta asfixiada
Após a conclusão dos laudos, foi apontado o estrangulamento da vítima. Conforme o delegado Augusto Melo Brandão, responsável pelo caso na época, o homem trabalhava como vigilante, lutava jiu-jitsu e conhecia técnicas de imobilização.
De acordo com a Comarca de Guaramirim, na ficha do réu ainda constam medidas protetivas de outras mulheres. Em Jaraguá do Sul, ele foi condenado por lesão e ameaça, contra mulheres, duas vezes.
Os jurados reconheceram ainda as qualificadoras de motivo fútil e asfixia. O processo tramita em segredo de justiça.
Relembre o caso
Conforme apurado pela Polícia Civil, ao se entregar em 26 de agosto, o homem relatou que havia brigado com a companheira, momento em que ela teria lhe dado dois tapas. Em seguida, ele teria dado um soco nela, que caiu no chão desacordada. Porém, a real causa da morte foi asfixia.
Além disso, o relato do homem apresentou outra contradição. Segundo ele, o crime teria ocorrido na sexta-feira (25). Porém, o delegado apontou que o corpo não apresentava rigidez cadavérica, o que contradisse a versão do suspeito.
Portanto, o crime teria ocorrido poucas horas antes do homem se entregar, ou seja, ainda no sábado.
Por isso, ele foi preso em flagrante pelo crime de feminicídio. A prisão foi posteriormente convertida em preventiva.