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Mãe e padrasto de menina de 3 anos que 'morreu de tanto apanhar' viram réus por homicídio qualificado
Segurança
Publicado em 12/04/2024

A mãe e o padrasto presos pela morte da menina de 3 anos que foi encontrada enterrada em Indaial, no Vale do Itajaí, Santa Catarina, foram denunciados pelo Ministério Público de Santa Catarina (MPSC). O órgão pede que eles sejam levados a júri popular.

O Poder Judiciário confirmou que aceitou a denúncia na quarta-feira (10) e os dois viraram réus. Eles não tem defensores constituídos.

Mãe e padrasto foram denunciados por homicídio qualificado, por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima, com agravante de o crime ter sido cometido contra menor de 14 anos. Foram denunciados ainda por ocultação de cadáver e comunicação falsa de crime.

O crime aconteceu em 4 de março e o corpo da criança, Isabelly de Freitas, foi localizado dois dias depois. De acordo com a investigação, havia sangue em um dos quartos da casa, sala, cozinha e banheiro. O material foi coletado para comprovar se pertencia à menina.

Para despistar a polícia, o casal criou um cenário através de um sequestro forjado, mas foi flagrado por câmeras dispensando a mala usada para transportar o corpo da criança.



Denúncia

De acordo com a denúncia, o crime ocorreu por volta das 11h na casa onde a família morava, no bairro Rio Morto. O casal reagiu de forma violenta contra a menina após ela não querer comer e indicar que iria chorar.

A mãe o padrasto passaram a agredir a criança, principalmente na cabeça, o que provocou a morte dela, por traumatismo cranioencefálico. Isso foi confirmado em laudo pericial.

Após a morte, o casal colocou o corpo da menina em uma mala e a levaram a uma área de mata fechada no bairro João Paulo II, também em Indaial, onde enterraram a vítima em uma cova rasa.

No mesmo dia, os dois ainda comunicaram um falso crime à Polícia Militar, dizendo que a criança estava desaparecida.



Dois dias após a morte, a mãe e o padrasto foram presos temporariamente. A prisão deles foi convertida em preventiva em 3 de abril. O MPSC pediu medida protetiva para o irmão da vítima.

De acordo com o delegado Filipe Martins, os elementos analisados pela investigação levaram a crer que mãe e padrasto agrediram a criança até a morte. O padrasto confessou ter iniciado o ataque "porque queria corrigir a criança".

"Ele narra que os dois agrediram a criança e, em determinado momento, ela [a menina] ficou sozinha com a genitora no quarto. Depois, ele volta para o quarto e [eles] a veem morta. Eles entram em desespero e tomam a decisão, em comum acordo, de se livrar do corpo", relatou.

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