Falso médico é preso após fazer plantão em hospital e tentar atender em UPA de SC, diz polícia
Segurança
Publicado em 25/09/2024

Um homem de 26 anos foi preso após se passar por médico e chegar a fazer um plantão no Hospital Seara do Bem em Lages, na Serra de Santa Catarina. Para o atendimento, o suspeito usou o registro profissional e o nome de um médico de São Paulo.

A prisão, segundo a Polícia Civil, ocorreu na segunda-feira (23), quando o falso médico tentou atender em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). O Conselho Regional de Medicina reforçou, em nota, a importância da verificação do registro ativo de médicos pelos gestores das instituições de saúde.

O suspeito já tinha, em seu nome, dezenas de ocorrências envolvendo crimes, especialmente estelionatos, segundo a Delegacia de Investigação Criminal.

Entenda

O homem foi descoberto, na segunda, ao ir até a UPA de Lages e tentar se cadastrar para realizar um plantão no local. O diretor do local, Fernando Aguiar, chamou o homem para conversar após uma desconfiança e acionou a Polícia Civil, que confirmou a ilegalidade dos documentos.

Segundo Aguiar, já havia informações sobre um incidente envolvendo o homem no Hospital Seara do Bem um dia antes, na segunda-feira (22). Procurada, a unidade de saúde confirmou o caso e disse que ele atuou em um plantão como terceiro médico, "sob supervisão da médica responsável pelo plantão, realizando poucos atendimentos".

 

"O plantão atípico em questão, de caráter único, teve como objetivo a avaliação técnica do CRM apresentado, uma vez que o indivíduo não possuía cadastro no hospital nem acesso ao sistema", disse.

A unidade de saúde foi questionada sobre como foi a contratação, por quanto tempo o suspeito atuou no local e quantos pacientes atendeu.

Em nota, o hospital disse apenas que "está em contato com todos os pacientes atendidos entre 17h e 23h do último domingo para monitoramento e, se necessário, novo atendimento".

A prefeitura de Lages também foi procurada e informou que a Unidade de Pronto Atendimento é gerida por uma empresa terceirizada. Afirmou que graças a "ação rápida e eficaz da administração da UPA, ele não teve a oportunidade de entrar em contato com os pacientes".

De acordo com a Polícia Civil, o homem é natural de Balneário Camboriú, no Litoral Norte. Ele responde pela prática dos crimes de exercício ilegal da medicina e estelionato.

G1

 

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