Em janeiro deste ano Guaramirim teve 1.700% casos de dengue a mais do que o mesmo período do ano passado
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Publicado em 07/02/2024

2024 iniciou com um dado alarmante em Guaramirim. O número de casos confirmados de dengue em janeiro aumentou 1.700% com relação ao mesmo período do ano passado. Isso mesmo: enquanto o município teve apenas um caso registrado em janeiro de 2023, o primeiro mês de 2024 contabilizou 17 pacientes com a doença. O índice preocupa as autoridades de saúde, principalmente porque fevereiro é o mês com maior registro de focos do mosquito na cidade, o que indica que o quadro nos próximos meses pode ser ainda pior.

 

De 2022 para 2023, o aumento de criadouros do Aedes Aegypti no município foi de 435%. Amizade, Imigrantes, Centro, Nova Esperança e Avaí são bairros considerados oficialmente infestados, mas as demais localidades do município também requerem atenção. Para conter a proliferação do mosquito, a Prefeitura está reforçando o número de agentes de endemias e intensificando a fiscalização.

 

O Secretário Municipal de Saúde, Marcelo Deretti, fala sobre o trabalho que está sendo desenvolvido e pede colaboração da população: “nossos agentes vão até as casas para coletar amostras e identificar possíveis focos, orientando os moradores sobre as medidas que eles devem tomar para combater a dengue. Por isso pedimos que as pessoas recebam os agentes, que deixem eles entrar nas casas, vistoriar os quintais, os terrenos baldios. Somente com a colaboração de todos iremos ter bons resultados nessa guerra contra o mosquito”, afirmou.

 

Nos últimos cinco anos, o aumento no número de focos foi exponencial. Em 2018, Guaramirim registrou 8 focos do mosquito Aedes aegypti. Em 2019, foram 15. Em 2020, 45 criadouros, em 2021, 118 focos e, em 2022, 195 focos foram encontrados no município. O maior salto se deu em 2023, quando a Vigilância em Saúde localizou 405 pontos com larvas do mosquito transmissor da dengue.

 

A Prefeitura reforça a importância de que toda a população ajude no combate ao mosquito da dengue. As medidas de controle da proliferação são simples e individuais. Confira as orientações do Ministério da Saúde para eliminar os principais tipos de criadouro do mosquito:

 

* Certificar que caixas d’água e outros reservatórios de água estejam devidamente tampados.
* Retirar folhas ou outro tipo de sujeira que pode gerar acúmulo de água nas calhas.
* Guardar pneus em locais cobertos.
* Guardar garrafas com a boca virada para baixo.
* Realizar limpeza periódica em ralos, canaletas e outros tipos de escoamentos de água.
* Limpar e retirar acúmulo de água de bandejas de ar-condicionado e de geladeiras.
* Lavar as bordas dos recipientes que acumulam água com sabão e escova/bucha.
* Jogar as larvas na terra ou no chão seco.
* Para grandes depósitos de água e outros reservatórios de água para consumo humano é necessária a presença de agente de saúde para aplicação do larvicida.
* Utilizar areia nos pratos de vasos de plantas ou realizar limpeza semanal.
* Retirar água e fazer limpeza periódica em plantas e árvores que podem acumular água, como bambu e bromélias.
* Guardar baldes com a boca virada para baixo.
* Esticar lonas usadas para cobrir objetos, como pneus e entulhos.
* Manter limpas as piscinas.
* Guardar ou jogar no lixo os objetos que pode acumular água: tampas de garrafa, folhas secas, brinquedos
* Em recipientes com larvas onde não é possível eliminar ou dar a destinação adequada, colocar produtos de limpeza (sabão em pó, detergente, desinfetante e cloro de piscina) e inspecionar semanalmente o recipiente, desde que a água não seja destinada a consumo humano ou animal. Importante solicitar a presença de agente de saúde para realizar o tratamento com larvicida.

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